sábado, 19 de dezembro de 2009

A fogueira gelada


Como uma onda em dia de ressaca
Fui atingida por olhos avassaladores.
Poderia até ser um romance
Se dom pra isto eu tivesse.

Como um cometa que passa
Deixando todos perplexos
Desfila seu veneno
em dias deliciosamente gelados.

Evadiu feito neblina
Deixando uma boca aberta.
Um coração apertado
Um corpo arrepiado.

Como um vinho raro
Feito para ser saboreado lentamente
Uma garrafa única
para abrir em ocasiões notáveis.

Feito tempestade de verão
que desabriga miseráveis paulistanos.
Se despede com a alvorada
O que resta é o sol e a resignação
para catar os destroços.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


As vezes me pergunto se estamos aqui mesmo,
se o que vivemos de fato nós escrevemos,
ou se somos meras peças de um jogo divino.

Entro em controvérsia,porque se "penso,logo existo"
Se existo,sempre irei questionar
E a questão,é que,nunca teremos respostas concretas.

Na verdade,não sei se posso dizer quem sou,
porque sou inconstante,sou mutável.
Hoje você me conhece,amanhã não mais.